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"Foi uma grande experiência vivenciada, a gratificação de poder levar um pouco de alegria, esperança, amor, perspectiva de vida a quem não tem é muito gratificante, sentem-se abandonados, rejeitados, muitas vezes por não ter opção de escolhas ou pelas próprias famílias, que não tem paciência de cuidar.
Isso que acontece na realidade de um asilo que contém mais de 100 idosos e alguns jovens que foram abandonados por suas próprias famílias.
Para mim, foi uma lição de vida, porque muitas vezes costumo murmurar, quando um determinado problema aparece em minha vida, me decepciono, sinto um desanimo, vontade de parar quando a realidade de muitos é pior do que nossos “problemas” diários.
O que mais me chamou a atenção foi encontrar uma jovem que estudou comigo há 11 anos atrás, e estava lá junto com aqueles idosos, pois devido a um distúrbio mental, a família não a queria mais porque não estava dando conta de sua doença. Ali estava ela, sentada no refeitório, triste! Consciente que é jovem e que tens uma grande caminhada pela frente. Você percebia nos olhos dela, a tristeza que tomava conta do seu ser, por saber que muitos da sua idade, tem liberdade, estudam, se divertem e mesmo assim não dão valor a essas coisas.
A como é bom levar a luz a quem somente vê a escuridão, a felicidade estampada no rosto de cada um com nossa visita, foi muito gratificante.
Muitas vezes, é preciso enxergar necessidades ao nosso redor, para podermos valorizar aquilo que temos.
Achei interessante a frase que estava escrita na parede do refeitório, que dizia: Quando você não possui o que deseja, você pode valorizar aquilo que tem.
Realmente o que acontece conosco, não valorizamos aquilo que realmente temos, só reclamamos, quando muito próximo de nós, encontramos pessoas que não tem nada, esperando de nós ao menos um sorriso, que nada nos custa e que traz muito mais do que possuímos.
O essencial, não é o tamanho do bem que se quer, e, sim o tamanho do amor que você coloca no bem que decide fazer."
Na unidade
Camila